Donde Eu Vim: espetáculo aborda arte, música e corporeidade preta brasileira

A apresentação é gratuita e acontece dia 29 de novembro em Santa Maria

A música preta brasileira e suas raízes ancestrais ganham protagonismo no espetáculo Donde Eu Vim, idealizado pela cantora e compositora Laady B. Com apresentações gratuitas e descentralizadas, o projeto percorre Regiões Administrativas do DF: Santa Maria — Centro de Ensino Infantil 210, às 11h e 14h, em 29/11.

Realizado pelo Grupo Afirmação, o espetáculo oferece uma experiência de valorização das raízes do Samba, possibilitando uma jornada que entrelaça Samba de Roda, música, coreografia e teatro em uma expressão autêntica, cuja missão é celebrar e reconectar o público com a ancestralidade que permeia a música afro-brasileira.

De acordo com a organização, as pessoas interessadas em assistir não precisam retirar ingresso, basta chegar cedo para garantir lugar e aproveitar.

Donde Eu Vim

Com o objetivo de reconhecer e valorizar as raízes ancestrais da música preta brasileira, Laady B, idealizadora da obra, desenha um retrato sonoro evocando as tradições  culturais africanas que, ao chegarem no Brasil, culminaram em formas de expressões autênticas.

A performance faz uma viagem que parte dos ritmos de terreiro, passando pelo Samba de Roda e Ijexá, e encontra-se com o Samba Afro e Samba Reggae.

Cada uma dessas manifestações carrega consigo histórias, ritmos e significados que vêm atravessando gerações e mantendo viva a memória de um passado rico e influente. “Donde Eu Vim” homenageia essas tradições como alicerces das expressões culturais contemporâneas, reafirmando sua relevância na construção da identidade musical brasileira.

O espetáculo reverbera as vozes de mestres como Moa do Katendê, Dona Edith do Prato, Riachão, Dona Dalva e Roque Ferreira, conectando-se aos blocos afro de Salvador.

“Donde Eu Vim é uma forma de evidenciar as contribuições históricas da cultura negra para a construção da identidade brasileira. Estamos falando de resistência, de memória e de como a música preta brasileira é pulsante e viva, mesmo quando subestimada ou invisibilizada”, afirma Laady B.

Além da música, o Grupo Afirmação —  coletivo artístico de valorização do Samba de Roda e a cultura Afro-Brasileira — traz uma abordagem cênica que combina teatro e dança. O espetáculo busca um equilíbrio entre o ancestral e o contemporâneo, com traços de afro-futurismo inseridos no contexto de celebração.  

O projeto é realizado com fomento da Lei Paulo Gustavo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e do Governo do Distrito Federal.

Da Assessoria

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