Cultura e comunicação comunitária são temas de encontro com fundador da Agência de Notícias das Favelas

Ministra Margareth Menezes recebeu André Fernandes na tarde desta quinta-feira (23)

Inquestionáveis produtoras e multiplicadoras culturais no país, as favelas e comunidades brasileiras ganharam espaço na agenda da ministra da Cultura, Margareth Menezes, na tarde desta quinta-feira (23). A titular da Pasta recebeu André Fernandes, fundador da Agência Nacional de Favelas (ANF).

Fundada em 2001, a ANF coloca os moradores das comunidades e favelas brasileiras como protagonistas, democratizando o acesso à informação e fugindo ao estereótipo de violência – comumente – associado a essas localidades. “O que me fez querer levar a mídia pra a favela foi ver a violência nas páginas dos jornais. E o que a gente está vivendo nas favelas é outra realidade, é a cultura. A cultura salvou a gente na pandemia. A injeção de verba [do setor] pra todo mundo se movimentar, se manter vivo”, detalhou André.

“Nossa cultura é um tesouro e cada um que exerce, que faz arte, seja na expressão [artística] que for, seja pondo a mão na massa, merece esse reconhecimento”, respondeu a titular da Cultura.
Também presente no encontro, a secretária dos Comitês de Cultura do MinC, Roberta Martins, destacou a importância de um diálogo voltado às populações periféricas, que contribuem massivamente na elaboração e disseminação da cultura em todo o país. “Hoje nós temos uma série de iniciativas que podem contribuir nesse aspecto. Os Comitês de Cultura, por exemplo, são grandes aliados nos territórios e têm essa função de diálogo com os territórios em suas potencialidades e especificidades”.

Flip

A Agência de Notícias das Favelas, que começou como ONG, é hoje um grupo com diversos segmentos na comunicação. É ela, inclusive, o primeiro veículo de mídia alternativa a lançar um manual de redação e estilo.

Entre ações de destaque a Casa da Favela, iniciativa que chegou a seu segundo ano em 2024. Realizada durante a Festa do Livro de Paraty (Flip), nesta última edição contou com a parceria da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) e da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB).

Presentes

André ainda presenteou a ministra com algumas publicações da editora Cada da Favela. Entre elas, o livro Grita, de Káliman Chiappini. “Que sua voz, sempre tão imensa, continue nos guiando como um farol em todos os tempos. Você é a prova viva que a cultura pode ser a força mais humana e revolucionária que existe”, escreveu a autoria em sua dedicatória.

Fonte: MinC

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