Evento irá destacar os avanços do programa que tem fortalecido as políticas culturais de base comunitária no território Ibero-americano
Atualmente presidido pelo Brasil, o Programa IberCultura Viva está celebrando 10 anos. Um seminário comemorativo, entre os dias 27 e 28 de novembro, em Brasília (DF), marca a década de existência da iniciativa que busca ser o espaço de diálogo, articulação e cooperação dos Estados da Ibero-América para a promoção e o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária. A atividade reunindo gestores culturais, representantes da sociedade civil, artistas e pensadores irá promover uma reflexão sobre os resultados e os desafios do Programa. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participa da abertura do evento nesta quarta-feira (27), às 19h.
“No âmbito da cooperação Ibero-americana, lidamos com uma grande diversidade de modos de vida e visões de mundo. Aprendemos imensamente com essas comunidades, que são guardiãs de saberes ancestrais e têm valores gregários, comunitários e solidários muito fortes. Esses ensinamentos nos fornecem ferramentas para enfrentar questões globais como a emergência climática. De fato, esse será um dos principais focos do IberCultura Viva para os próximos anos”, comenta a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rollemberg, que preside o Programa.
Programa
O IberCultura Viva é um programa de cooperação cultural vinculado à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), que reúne 12 países da Ibero-América. Tem como objetivo fortalecer as culturas vivas comunitárias, reconhecendo e valorizando organizações culturais comunitárias, povos indígenas, comunidades afrodescendentes e camponesas e grupos que promovem a cultura digital.
Foi criado para apoiar o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas e sustentáveis. Visa ainda colaborar para a construção de identidades culturais, na quais as diferenças sejam vistas como riqueza e fonte de aprendizado mútuo.
A iniciativa apoia projetos culturais que incentivem a participação comunitária e a geração de redes culturais que ultrapassem fronteiras. Promove também espaços de formação, visibilidade e troca para iniciativas locais que, muitas vezes, ficam à margem dos processos de decisão política e cultural. “Essa cooperação faz com que todos os países aportem recursos e, a partir desse fundo, realizamos diversos editais nas áreas de formação, intercâmbio de experiências, encontros e circulação de projetos”, acrescenta Márcia.
Manifesto
Durante o seminário será compartilhado o manifesto do IberCultura Viva, que reitera os princípios de diversidade, inclusão e colaboração, ressaltando a importância de tecer redes de solidariedade capazes de expandir os horizontes culturais da Ibero-América. “O IberCultura Viva é, acima de tudo, um convite à união das culturas e à construção de um futuro coletivo, onde a participação ativa de todas as comunidades e indivíduos é essencial para a criação de um mundo mais justo e plural”, enfatiza o texto.
As inscrições estão encerradas, mas é possível acompanhar o evento de forma on-line pelo canal do IberCultura Viva no YouTube.
Gestão brasileira
O Brasil preside o Programa IberCultura Viva de 2024 a 2027. É a segunda vez que o país coordena a ação – a anterior foi de 2014 a 2017. Antes do seminário, como parte das celebrações, será realizada em Brasília a 14ª reunião do Conselho Intergovernamental.
O encontro reunirá delegados dos 12 países participantes e da República Dominicana, hoje país convidado e que deverá oficializar sua adesão à iniciativa. A programação inclui a revisão dos resultados obtidos em 2024, apresentações de experiências nacionais em políticas culturais de base comunitária e debates a respeito dos desafios e oportunidades para o fortalecimento do programa nos próximos anos.
Clique aqui para conferir a programação.
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Fonte: MinC